Refluxo gastroesofágico
- Rafaela Sampaio
- 4 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de mar.

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) ocorre quando o conteúdo do estômago retorna ao esôfago, causando sintomas e complicações. Isso geralmente acontece quando o esfíncter esofágico inferior não funciona corretamente, permitindo o refluxo do conteúdo gástrico. Essa condição pode resultar em sintomas como azia, regurgitação, dor no peito, tosse crônica, rouquidão e desconforto na garganta.
O refluxo gastroesofágico pode afetar de forma mais grave a saúde dos idosos em comparação com pacientes mais jovens, devido a fatores como alterações fisiológicas relacionadas à idade e condições de saúde preexistentes. Algumas complicações associadas incluem:
Estenose do esôfago
Esôfago de Barrett
Câncer de esôfago
Complicações respiratórias
Disfagia (dificuldade para engolir)
Interferência na eficácia de medicamentos
Desnutrição
Restrições alimentares
Perda de peso
Distúrbios psicológicos, como ansiedade e depressão
O que fazer para aliviar os sintomas?
Optar por refeições pequenas e frequentes: Prefira comer em porções menores ao longo do dia, em vez de grandes refeições, para reduzir a pressão no estômago e o risco de refluxo.
Evitar alimentos ricos em gordura: Eles retardam o esvaziamento gástrico e podem agravar os sintomas.
Reduzir o consumo de alimentos ácidos: Frutas cítricas, sucos ácidos, tomate e molhos à base de tomate podem irritar o revestimento do esôfago e da mucosa gástrica.
Evitar alimentos condimentados e picantes: Esses alimentos aumentam a produção de ácido no estômago, intensificando os sintomas.
Evitar o consumo de bebidas com cafeína, como café e refrigerantes, além de bebidas gaseificadas e alcoólicas.
Evitar excesso de líquidos nas refeições: Beber grandes quantidades de líquido durante as refeições ou em jejum pode causar desconforto abdominal.
Comer devagar e mastigar bem os alimentos: Esses hábitos ajudam na digestão e reduzem o risco de refluxo.
Evitar deitar logo após as refeições: Espere pelo menos 2 horas antes de se deitar.
O tratamento pode incluir, além de ajustes na alimentação e no comportamento alimentar, o manejo do estresse, o uso de medicamentos para alívio dos sintomas e abordagens terapêuticas voltadas para a melhoria da qualidade de vida.
Referências:
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